LInha histórica

 há muitos anos atrás…

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Há 4,5 bilhões de anos
Planeta Terra

Nesta época, nem os dinossauros existiam ainda. O planeta Terra era uma imensa bola de rocha “derretida”, como a lava vulcânica. Com o passar do tempo, o Planeta começou a esfriar, e, assim, surgiram as primeiras rochas “sólidas” em sua superfície, chamadas rochas magmáticas. Nessa época, ainda não chovia, porque a Terra era tão quente que as gotas d’água evaporavam antes de chegarem ao chão.

Planeta Terra em fusão, há mais de quatro bilhões de anos.

Fonte: Earth Space Circle

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Milhões de anos depois
Desenvolvimento da vida

O Planeta esfriou tanto que a chuva pôde começar a cair. Com as chuvas, os oceanos se formaram, e a vida, que até então não existia, começou a se desenvolver

Representação dos primeiros oceanos da Terra, após o resfriamento da superfície.

Fonte: Simone Marchi, NASA

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Há 400 milhões de anos
Primeiros seres vivos

Uma das teorias mais aceitas é a de que organismos parecidos com as bactérias foram os primeiros seres vivos; depois teriam surgido as algas e muito tempo depois, os primeiros animais invertebrados. Algumas algas e musgos sofreram mutações e originaram as primeiras plantas com raízes; os animais primitivos também foram se modificando e originaram os primeiros peixes.

Primeiros invertebrados, parentes das atuais águas-vivas, há mais de 550 milhões de anos.

Fonte: Creative Commons – Ryan Somma

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Há 225 milhões de anos
Primeiros dinossauros

A evolução dos animais aconteceu juntamente com a das plantas; Alguns dos primeiros peixes foram se modificando e originaram os anfíbios; Alguns anfíbios se modificaram e originaram os répteis e, também, os primeiros dinossauros. Na imagem abaixo, algumas espécies de dinossauros que habitaram o território brasileiro

Dinossauros brasileiros

Fonte: Rodolfo Nogueira, 2014

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Há 200 milhões de anos
PANGEiA

Os continentes eram bem diferentes da forma como os conhecemos hoje. Isso porque, há mais de 250 milhões de anos, eles ficavam todos juntos, em um imenso bloco chamado Pangeia, no meio do qual existiam grandes desertos, chamados paleodesertos. Há mais de 200 milhões de anos, um grande pedaço, (formado pelos continentes do hemisfério sul e Índia), separou-se da Pangeia, formando o Gondwana.

Possível distribuição dos continentes, há mais de 250 milhões de anos, com a representação da porção correspondente ao Gondwana.

Fonte: http://www.famedisud.it

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Há 135 milhões de anos
Formação Botucatu

Por milhões de anos, essas áreas foram ficando mais duras e se transformando em rochas, o que os geólogos chamam de Formação Botucatu. Essa formação, situa-se na Bacia Sedimentar do Paraná, que vai desde o sul do Estado de Goiás até o Uruguai. Nas rochas da Formação Botucatu ficaram registradas as pegadas de diversos animais, inclusive dinossauros

Pegadas (A) de um grande dinossauro herbívoro bípede (B), e detalhe de uma das pegadas (C).

Fonte: Marcelo A. Fernandes

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curiosidade
pegadas fósseis

O primeiro registro de pegadas fósseis da América Latina foi encontrado em São Carlos, no ano de 1911, coletado das calçadas da cidade por um engenheiro de minas chamado Joviano Pacheco. Até hoje, a região onde se localizam as cidades de Araraquara e São Carlos é conhecida mundialmente no meio paleontológico por ser uma das mais ricas da América do Sul em pegadas fósseis do final do período Jurássico e início do Cretáceo.

Pedreira São Bento, em Araraquara, mostrando uma parte da antiga duna por onde passaram os dinossauros. Ao lado direito, estão cinco pegadas de dinossauro de grande porte.

Fonte: Luciana B. R. Fernandes

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curiosidade
caça aos dinossauros em são carlos

É possível realizar um dos trabalhos do paleontólogo ao organizar uma verdadeira “caça ao dinossauro” pelas ruas e avenidas de São Carlos, uma vez que algumas das calçadas mais antigas da cidade foram pavimentadas com rochas de pedreiras que apresentam esses registros fósseis, como a da Rua General Osório, defronte ao número 146 (consultar atlas pág. 19-23)

Pegada de dinossauro com três dedos na calçada da Rua General Osório, altura do número 146, em São Carlos. A escala está em centímetros.

Fonte: Rodrigo Calabone Corrêa

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Há 135 milhões de anos
Oceâno Atlântico e rios

Um dos maiores eventos magmáticos da história do Planeta fragmentou a crosta terrestre, empurrando a África e a América do Sul em direções oportas e dando origem ao Oceano Atlântico. Essas modificações levaram muitas espécies à extinção. Essas mudanças também propiciaram o surgimento de rios na região de São Carlos, que até então era desértica.

Esquema da rachadura da crosta terrestre com a separação dos continentes e a entrada de água para o surgimento do Oceano Atlântico.

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de 65,5 a 1,8 milhões de anos
Bacia Paraná e Bacia Bauru

O acúmulo de sedimentos e magma originaram novas rochas. O peso dessas rochas, por sua vez, fez com que as camadas de sedimentos se deformassem. Durante os períodos Paleogeno e Neogeno, ocorreram falhas na superfície onde ficam o Rio Tietê e o Rio Mogi-Guaçu. Nesse processo, a Bacia do Paraná afundou centenas de metros dando origem a Bacia Bauru, mudando o curso dos rios e criando um novo relevo para as paisagens

Esquema em corte da Bacia Sedimentar do Paraná, no qual as cores indicam os diferentes tipos de rocha que se acumularam, com espessura de mais de 6.000 metros. Em amarelo está representada a Formação Botucatu, com os arenitos do antigo deserto, e em marrom, o derrame de lava que cobriu o deserto e fez afundar mais ainda o meio da bacia.

Fonte: Milani e Zalán, 1998

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Há 2,6 milhões de anos
Períodos Neogeno e Quaternário

O movimento das placas tectônicas se intensificou originando os Planaltos de São Carlos. Por meio da erosão, os planaltos foram sendo escavados, formando vales. As bordas desses vales são denominadas divisores de água que escoam a água do relevo de maior altitude para o de menor altitude, escavando a paisagem e constituindo assim um sistema de drenagem.

Esquema que mostra um sistema de drenagem dos rios no ambiente, no qual as elevações são os divisores de água.

Fonte: Marcos Moraes

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há 15 mil anos
Período Pleistoceno

Neste período, o clima da região de São Carlos era muito mais frio que hoje. Para alguns botânicos e paleontólogos, esse clima é o motivo da presença atual de araucárias nessa região, já que são árvores adaptadas aos climas frios, como os do sul do País. Com o tempo, o clima foi esquentando, mas algumas árvores resistiram e se adaptaram. Por isso que ainda encontramos araucárias em São Carlos

Araucária ou pinheiro do Paraná.

Fonte: Everson José de Freitas Pereira

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há 11,5 mil anos até hoje
“água mole em pedra dura tanto bate até que fura”

Os rios, ao passarem sobre as rochas durante muitos e muitos anos, as erodiram, desgastaram, formando vales e redes hídricas que constituem as bacias hidrográficas. Foi assim durante o Período Holoceno, que rios como o Tietê, o Mogi-Guaçu e o Jacaré-Guaçu geraram planícies de inundação onde as águas dos rios extravasam na época das chuvas. E esse processo continua até hoje.

Planície de inundação do Rio Mogi-Guaçu.

Fonte: Edson Montilha de Oliveira e Paulo Antunes.

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Século XIX
Formação e povoamento de São Carlos

O município de São Carlos foi formado pelas terras de 3 sesmarias: Pinhal, Monjolinho e Quilombo. As sesmarias eram subdivisões das capitanias hereditárias. Essas, por sua vez, eram extensas faixas de terra que, por ordem do rei D. João III, foram doadas à pequena nobreza, burocratas ou comerciantes portugueses com o objetivo de auxiliar no processo de colonização. Até essa época, a vegetação e a fauna do estado de São Paulo se mantiveram bem preservadas, com predominância de cultivos em pequenos pedaços de terra e criação de animais para consumo próprio ou comércio

Mapa das Capitanias com o traçado do Tratado de Tordesilhas.

Fonte: AFLORAR – espaço educadores

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1857
Fundação de São Carlos do Pinhal

Ainda no século XVIII, o ouro extraído em Cuiabá era transportado até a região portuária para ser levado para Portugal. Esse trajeto era composto por trilhas. Um desses caminhos era conhecido como “Picadão de Cuiabá”. Como o caminho era muito longo, os viajantes paravam para descansar e, alguns desses pontos transformaram-se em vilarejos. Foi o caso do povoado de São Carlos, nos arredores do córrego Gregório, onde hoje está localizado o Mercadão e a Catedral. No entanto, naquela época, não podia existir cidade sem capela. Então, somente em 1857, um ano após a construção da capela, São Carlos do Pinhal foi fundada.

Igreja de São Carlos Borromeu (atual Catedral)

Fonte: Acervo da Fundação Pró-Memória de São Carlos

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Século XIX
Plantio de café e o crescimento da cidade

O desenvolvimento de São Carlos esteve diretamente ligado à atividade cafeeira. O café ajudou no crescimento e urbanização da cidade, mas também foi um dos responsáveis pelo desmatamento devido ao corte de árvores para seu cultivo. Nesta mesma época, numerosos homens e mulheres escravizados foram trazidos para trabalhar nas plantações. São Carlos chegou a ser a terceira maior produtora de café do país

Mapa da expansão cafeeira para a região de São Carlos.

Fonte: Projeto AFLORAR – espaços educadores

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1884
Estação Ferroviária

Com a alta produção de café, em 1884 a Companhia Rio-Clarense de Estrada de Ferro chegou à cidade permitindo o escoamento da produção diretamente de São Carlos para Santos para exportação. Foi inaugurada, então, a estação ferroviária, cujo prédio é o mesmo até hoje. Nesta época a cidade passou por um intenso crescimento e os primeiros grupos de migrantes italianos chegaram à cidade para trabalhar nas fazendas, iniciando assim a substituição da mão de obra escrava. Dentre os avanços do período estão: instalação de bancos, comércios, fábricas, telefones, abastecimento de água potável e energia elétrica.

Estação Ferroviária em 1908.

Fonte: Acervo da Fundação Pró-Memória de São Carlos

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Hoje
Capital da Tecnologia e Inovação

Com uma população estimada em 2020 de 254 484 habitantes, distribuídos em uma área total de 1 136,907 km², é a 14ª maior cidade do interior do estado em número de residentes. A cidade é um importante centro regional industrial, com a economia fundamentada em atividades industriais e agropecuária. Além disso, conta com a presença de grandes universidades como USP e UFSCar, o que faz com que a cidade seja um importante pólo de pesquisa e que tenha uma população flutuante de quase 30 mil universitários. Outro fator interessante sobre a cidade se refere ao número de doutores: em 2019, a cidade contava com mais de 2 530 doutores para uma população aproximada de 250 mil habitantes, ou seja, um doutor para cada 100 moradores, uma média quase dez vezes maior que a nacional.  Não é à toa que São Carlos é conhecida como Capital da Tecnologia e Inovação

ATLAS

Tem interesse em conhecer mais sobre o território são-carlense, suas origens e seus dilemas socioambientais? Confira o nosso Atlas!

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